<$BlogRSDUrl$> Meu humor atual - i*Eu

sexta-feira, outubro 24, 2003

Confusion that never stops. 

Apetecia-me escrever qualquer coisa. Alguma coisa através da qual conseguisse transmitir o turbilhão de ideias, sentimentos e medos e ansiedades que aqui vão dentro. Mas por mais voltas que dê parece que não sai nada, que nunca vai sair nada. Devo ter perdido a imaginção ou o que quer que seja que me ligava á escrita.

Estou cansada e perdida. Em mim, ou nos outros. Suponho que seja a mesma coisa ou que, pelo menos, estão interligadas. Continuo com aquela ambígua sensação de, constatemente, não saber onde estou. De não saber em quem confiar ou, até mesmo, com quem falar. Chamar alguém e dizer-lhe uma coisa tão simples como " Anda cá, deixa-me contar-te o meu amor". E, sobretudo, saber que não se iria cansar, nem me iria achar uma perfeita louca. Porque saberia, nas quantidades exactamente indicadas, o material de que sou feita. Que saberia, sempre, que, por mais disparates que disesse, tenho um bom-senso do tamanho de um combóio. Como vocês sabem.

A semana da latada começou hoje e eu virei-lhe as costas. Mesmo sabendo que, hoje, é a vez dos Xutos cantarem para os caloiros. Mesmo sabendo que mal saibas que não fiquei lá para os ver me vais telefonar insistentemente para irmos os dois ver gritar "Quero-te tanto..." como nos bons ( velhos ) tempos em que quando era a vez do "Circo de Feras" tu me abraçavas com força e dizias em tom susurrado "Esta é só para ti, Sininho". E eu acreditava. Era no tempo em que era fácil acreditar. Ou, mesmo sabendo que poderia recordar a noite do meu aniversário em que vocês puseram meio concerto deles a cantar-me os parabéns.

Chorei que nem uma tonta na Serenata, embora ninguém tenha dado por isso. E ainda bem. Ainda bem que não tive de ouvir perguntas desnecessárias. Mas se tu lá estivesses não me importava, juro. Sei que não seria inundada com os teus "porquês" e que não irias dizer para não chorar mais, não. Choravas comigo se fosse preciso. Ou então desatavas aos beijinhos nas minhas bochechas porque achavas que as minhas lágrimas sabiam bem. Era sempre assim.
Porque chorei? Talvez porque me tenha comovido o espírito. Ou a música me tenha tocado. Porque naqueles instantes tudo parecia mágico, não sei. Porque não houve confusões, nem empurrões, e as pessoas estavam mais delicadas que nunca e porque, ao primeiro acorde, todos se calaram para ouvir. Era um género de comunhão dos estudantes de Coimbra e eu também faço parte, embora esta ideia ainda seja confusa. Mas gostei. De notar que fazia um frio insuportável e que se não fosse a capa do Pedro tinha morrido de frio ( :P ).

E domingo é a vez dos Toranja e não devo ir novamente, porque ninguém que ir. Enfim...

Porque, repito queria ter dito, ou melhor, escrito, alguma coisa de jeito mas não consegui. Porque, um dia, não vou aguentar as saudades que tenho de ti, de ti, de ti, de ti, e de ti. E de muitos "ti's" que jamais sairão da minha vida. E porque espero ganhar outros tantos "ti's" lá, para ter saudades deles cá. E parece-me que sim, que já estou a ganhar.
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